Na manhã da última terça-feira (19/07) O diretor financeiro do BNDES, Lourenço Tigre, explicou que a entidade gostou da experiência de compra de créditos de carbono no primeiro semestre, no montante de R$ 10 milhões, e agora já estrutura mais uma leva de aquisição, no valor de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões.
O montante será alocado em projetos que visam, prioritariamente, evitar o desmatamento no Brasil, mas também investiu em ofertas de mobilidade urbana e gestão de resíduos sólidos, entre outros.
Lourenço Tigre relata sobre a criação de um mercado de carbono voluntário em escala no Brasil, nós nos comprometemos a alocar dinheiro diretamente em projetos. Apesar da quantia baixa – R$ 10 milhões – ela nos deu uma exposição a diferentes fontes de crédito de carbono e permitiu que entendêssemos melhor o mercado.
Tigre falou ainda que o BNDES estuda a criação de um instrumento de emissão de “corporate bond” (título de dívida de empresa) que vai permitir aos investidores brasileiros e internacionais ter acesso ao mercado de carbono, mas não entrou em detalhes.
O Brasil tem um amplo potencial para ser provedor de créditos de carbono com base na natureza (florestas, por exemplo); estamos focando os esforços nessas iniciativas. Quando olhamos o Brasil e sua ampla cobertura vegetal, entendemos o desafio que isso representa, e para um banco de desenvolvimento, é importante emitir os sinais certos para o mercado.